Sistema de Informação Geográfico
No último Boletim Epidemiológico da Sífilis, publicado em 2018, foi observado um aumento constante no número de casos da infecção, tanto congênita quanto adquirida, em gestantes nos últimos cinco anos. Essa situação epidemiológica no país é atribuída a diversos fatores como o aumento da cobertura de testagem, com a ampliação do uso de testes rápidos, em contrapartida a redução do uso de preservativo, resistência dos profissionais de saúde à administração da penicilina na Atenção Básica e o desabastecimento mundial de penicilina.
Como forma de se observar e minimizar a situação, está sendo realizada a análise espacial como ferramenta de vigilância em saúde, por meio do Sistema de Informação Geográfico (SIG), para obter informações que ajudem no controle da sífilis. O trabalho está sob a responsabilidade do professor Richardson Rosendo, Líder do Grupo de Pesquisa do Laboratório de Pesquisa em saúde e Enfermagem no cuidado às Pessoas em condições Agudas e Crônicas (LAPAC/UFRN).
O SIG pode proporcionar uma descrição da situação de saúde em um determinado espaço geográfico como também a observação da concentração de casos, por meio de mapas. De acordo com o professor Richardson, por meio desse sistema é possível a alocação adequada de recursos para as regiões em situações de risco apontadas. “Assim, estamos realizando uma análise espacial em saúde dos casos notificados de Sífilis em gestantes (SG) e Sífilis congênita (SC) no RN”, explicou o pesquisador.
O estudo vem sendo realizado em todo do Rio Grande do Norte, uma vez que o estado apresentou uma elevada taxa de notificação de casos de sífilis em gestantes e congênita em nível nacional.