Notas
Comunidade Cigana
A sífilis foi tema de um trabalho desenvolvido com a comunidade cigana no município
de Sousa, na Paraíba, onde está a maior população cigana do Brasil. Durante o bate-
papo, cerca de 10 pessoas da comunidade tiveram oportunidade de conversar e obter
informações com representantes da gerência regional da saúde, das secretarias
estadual e municipal de saúde e do Projeto Sífilis Não, por meio da apoiadora no
estado, Luciane de Fátima Fernandes de Carvalho.
Entre os temas conversados, estava a Política Nacional de Atenção Integral do Povo
Cigano/Romani. De acordo com Luciene de Carvalho, a demanda surgiu da articulação
com o Instituto Cigano do Brasil. “No território em que atuo como apoiadora do
Projeto não há comunidade cigana. Mas levei a situação para a gerência de atenção à
saúde da Paraíba, que nos deu total apoio para desenvolver a atividade”.
Uso da penicilina
A rede pública de saúde municipal de Natal ainda não trabalha com a administração da
penicilina em casos de sífilis. Até o momento, todos os casos suspeitos ou confirmados
da infecção são direcionados para a rede estadual ou para a Maternidade Januário
Cicco, quando é o caso. Para mudar esse quadro, estão sendo desenvolvidas diversas
ações de qualificação e conscientização com os profissionais da saúde básica, atuantes
na rede municipal de saúde da capital potiguar. Estão sendo realizados encontros com
esses profissionais, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, com a
participação de médicos infectologistas falando sobre o manejo da sífilis.
A ação, que está sendo desenvolvida nas quatro regiões da cidade de Natal, tem como
principal objetivo qualificar as equipes da atenção básica, fortalecendo as ações de
prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e segmentos, com a administração de
penicilina nas unidades básicas de saúde. Toda a ação conta com a coordenação da
apoiadora do Projeto Sífilis Não para Natal e Parnamirim, Chyrly Moura.
Encontro Regional Centro-Sul da ABCiber
O pesquisador Arthur Barbalho, do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde
(LAIS), participou durante os dias 4 e 5 de abril do II Encontro Regional Centro-Sul da
Associação brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber), realizado na
Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM), em São Paulo. Na ocasião, ele fez a
apresentação do artigo "Emprego do WhatsApp para viralização de conteúdo voltado a
gestantes: o caso do Projeto Sífilis Não", como parte das ações de pesquisa científico-
acadêmica em comunicação do projeto. O pesquisador falou dos desafios do processo
comunicativo entre profissionais e pacientes no que diz respeito ao cuidado e
prevenção da sífilis na atenção básica. Arthur é aluno do programa de Mestrado em
Relações Interculturais da Universidade Aberta de Portugal (UAb/PT) e é coorientado
pela professora Lilian Muneiro, do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (NESC/UFRN).
Análise de Atenção e Vigilância
Uma equipe de pesquisadores do NESC está elaborando um projeto denominado
“Análise do grau de integração das práticas de Atenção e Vigilância no enfrentamento
à sífilis”. O objetivo é analisar cenários e intervir na qualidade da integração da
Vigilância epidemiológica com a Atenção Básica. A necessidade de uma maior
integração entre essas áreas foi a solicitação mais contundente nos Seminários
Interfederativos, segundo Celeste Rocha, especialista em Saúde Pública e integrante
do NESC. Além de Celeste, Lavínia Uchoa, Ewerton Brito, Tatiana Rosendo e Miranice
Crives estão envolvidos na pesquisa.
Análise de Atenção e Vigilância II
Os professores Ewerton Brito e André Bonifácio são responsáveis pelo projeto “Análise
das estratégias da gestão municipal da saúde para o enfrentamento da sífilis”, que
contemplará os 72 municípios atualmente trabalhados na estratégia de resposta
rápida à sífilis nas Redes de Atenção no Brasil. Corroboram na pesquisa Gizileide
Nascimento, sanitarista e graduanda em Nutrição pela UFRN, Tainara Ferreira, Giuliano
Pessoa e Miranice Crives. Os pesquisadores compilam informações dos Planos
Municipais de Saúde de 2014 a 2018.