Ministros ratificam importância do Projeto “Sífilis Não”

Durante o mês de agosto, o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde – LAIS/UFRN recebeu a visita de dois ministros de Estado. No dia 09 de agosto, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, teve oportunidade de conhecer as instalações do LAIS e seus projetos, entre eles o projeto da sífilis. Na semana seguinte, no dia 16, foi a vez do Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, acompanhado pela Governadora do Estado, Fátima Bezerra, e pelo Prefeito de Natal, Álvaro Dias.

Em ambas as ocasiões, os ministros puderam conhecer alguns pesquisadores do laboratório e verificar parte dos resultados já obtidos pela equipe. Entre eles, o trabalho desenvolvido em Boston, em parceria com a startup ConquerX, para a elaboração de um teste mais rápido e preciso na verificação da sífilis, o qual tem como público-alvo crianças recém-nascidas (veja mais detalhes sobre o projeto na matéria sobre a missão em Boston). Ao final da visita, os participantes fizeram questão de registrar o apoio ao Projeto “Sífilis Não”.

Nos EUA, pesquisadores do projeto "Sífilis Não" trabalham em projeto com a UMass e buscam novas parcerias

Pesquisadores do projeto "Sífilis Não" estiveram nos Estados Unidos, durante a segunda quinzena do mês de julho. O objetivo do grupo foi acompanhar ajustes a serem realizados no dispositivo de diagnóstico rápido da sífilis, desenvolvido em parceria com a ConqueX, startup americana sediada na Universidade de Massachusetts (UMass), em Boston.

A missão teve dois objetivos: apresentar os primeiros resultados e perspectivas da cooperação com a UMass, por intermédio da ConquerX; e desenvolver e testar o protótipo de dispositivo para diagnóstico da sífilis. Esse protótipo já conta com algumas características que serão usadas na versão final, que deverá chegar aos serviços de saúde.

De acordo com Leonardo Lima, o dispositivo é importante para os serviços de saúde, uma vez que qualifica o diagnóstico. "Quando você melhora este processo de diagnóstico, você tende a melhorar o tratamento destes pacientes que precisam usar o antibiótico.

Cooperação com a Universidade Johns Hopkins

Além do desenvolvimento das ações na UMass, pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN (LAIS/UFRN) e do Núcleo de Inovação Tecnológica em Saúde do IFRN (NAVI/IFRN) participaram de reuniões com gestores da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Essa instituição é considerada uma das instituições acadêmicas de pesquisa mais importantes do mundo, com destaque para as suas faculdades de medicina, relações internacionais, engenharia, saúde pública e educação.

Moção de apoio ao projeto "Sífilis Não" é aprovada durante 16ª Conferência Nacional de Saúde

Uma moção de apoio ao Projeto “Sífilis Não” foi aprovada durante a 16ª Conferência Nacional de Saúde, realizada entre os dias 04 e 07 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. A ação, desenvolvida por pesquisadores do projeto, reuniu quase 500 assinaturas de delegados regionais que participaram da conferência.

Esse número equivale a pouco mais de 10% do total, número suficiente para que a moção fosse votada em plenária. De acordo com Celeste Maria Rocha Melo, esse "É um movimento importante, uma vez que é na conferência que se discutem as principais políticas públicas de saúde que serão adotadas pelo Brasil nos próximos anos", afirmou a pesquisadora.

O texto, endereçado ao Ministério da Saúde e à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, prevê o apoio e a promoção de ações desenvolvidas pelo projeto em todo território nacional, uma vez que a sífilis se encontra em situação epidêmica no Brasil.

Projeto “Sífilis Não” promove ação para população em situação de rua

O projeto da sífilis está expandindo sua atuação. Por meio de uma parceria com movimentos sociais e organizações não governamentais, o projeto está se articulando para criar ações direcionadas para prevenção e enfrentamento da infecção junto à população em situação de rua. As primeiras reuniões entre os pesquisadores do Projeto de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção, o "Sífilis Não", e os representantes dos movimentos e ONG já ocorreram.

De acordo com Vanilson Torres, do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), a aproximação entre a universidade, os órgãos de governo e a sociedade civil, por meio das instituições que fazem trabalhos voltados ao público em questão, é o caminho para que as ações tenham a efetividade almejada. "É urgente a necessidade que pessoas em situação de rua têm em projetos como este, porque há uma dificuldade do acesso deste público aos serviços de saúde", destacou o coordenador do MNPR.

Jordana Paiva falou sobre o planejamento das próximas ações de comunicação no âmbito do projeto, com destaque para as que se destinam às pessoas em situação de rua. "Esta é uma das populações-chave, então, para definir estratégias de como fazer uma comunicação mais direcionada para este público, foi muito importante o encontro de hoje, uma vez que pudemos identificar as particularidades que ele tem", afirmou a pesquisadora do LAIS e do projeto “Sífilis Não”.

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